Participei de um concurso feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET) na categoria crônica. Deveria escrever sobre o trânsito no meu cotidiano. Não é lindo? Pois é, saiu essa semana o resultado: não venci. Azar o de vocês leitores que terão - ou não - ler o que escrevi e perdi. As-lo aqui:
O meu cotidiano não existiria, sem o do meu vizinho, do conhecido de bairro ou até mesmo daquele sujeito morador do outro lado da cidade. Assim como é verdadeira a necessidade do trânsito; de gente, de carro, de vidas para compor essa rotina. A união do trânsito ao cotidiano torna-se uma mistura uniforme, indivisível, a qual uma não vive sem a presença da outra. O cotidiano é feito de ações repetitivas, que por mais que reclamemos delas não sabemos viver de uma forma que não seja essa, ou pelo menos nos acostumamos a crer que essa é a nossa vida. Já o trânsito é o resultado dessas repetições, é o efeito dessa relação de causa.
No meio de toda essa ideia aparentemente teórica, de causa e efeitos, está a minha vida, e por ser paulistana desde o início, ela é repleta de prática, cotidianos e principalmente trânsito. Infelizmente, de forma compulsória, nos levamos logo pensar no trânsito urbano repleto de carros e caminhões. O cotidiano que faz a minha vida não deixa de ser diferente e também está formado por carros, ônibus e caminhões, mas prefiro pensar de uma forma diferente, tento imaginar quem são essas pessoas que também – assim como eu – acordam e saem de suas casas na busca de seja lá o que for. De que lugar da cidade cada pessoa saiu, para onde está indo e para fazer o que? Essa pergunta certamente é fácil de ser respondida, o mais difícil é tentar penetrar no trânsito de ideias da cabeça de cada um, esse sim, bem mais complicado de ser solucionado. Nos mais de trinta quilômetros que separam minha casa e meus estudos tenho tempo suficiente para teorizar hipóteses mil, que nunca chegam a resultado algum, e quando percebo já terminei minha viagem – urbana e mental.
Um novo trânsito se abre na minha vida ao chegar na faculdade, o aéreo. A proximidade com o aeroporto me faz perceber duas coisas: meu cotidiano está cada vez mais diversificado, complexo de entender e que a faculdade é longe de casa. Na faculdade, sem dúvidas, o trânsito de conhecimentos é o responsável por causar grandes congestionamentos na minha cabeça. Nesse ambiente percebo como podemos ser aparentemente tão iguais e mesmo assim pensarmos tão diferente uns dos outros, sem dúvida o dia-a-dia de cada um faz dele uma pessoa única, capaz de me ensinar e aprender comigo. A manhã termina e novamente toda aquela mistura de vontades, interesses e sonhos de motoqueiros, motoristas e pedestres salta aos meus olhos e ao final do dia chego em casa com a certeza de que continuarei a não entendê-los.
Aos poucos começo a imaginar como o meu cotidiano já está fisiologicamente conectado a cada uma dessas vidas que cruzaram o meu caminho e que virão a cruzar. Tenho a plena concepção que eu também sou parte integrante do mundo deles – mesmo que eles não saibam - e que o trânsito acima de tudo é reflexão e absorção de comportamentos e ideias, afinal disso é composto o cotidiano. Esse pensamento pode até não estar certo e não ser compreensível, mas ele tem a virtude de ser originalmente meu, alicerçado nas minhas experiências, assim como os outros milhões que tento em vão compreender pelos caminhos que cruzo.
O meu cotidiano não existiria, sem o do meu vizinho, do conhecido de bairro ou até mesmo daquele sujeito morador do outro lado da cidade. Assim como é verdadeira a necessidade do trânsito; de gente, de carro, de vidas para compor essa rotina. A união do trânsito ao cotidiano torna-se uma mistura uniforme, indivisível, a qual uma não vive sem a presença da outra. O cotidiano é feito de ações repetitivas, que por mais que reclamemos delas não sabemos viver de uma forma que não seja essa, ou pelo menos nos acostumamos a crer que essa é a nossa vida. Já o trânsito é o resultado dessas repetições, é o efeito dessa relação de causa.
No meio de toda essa ideia aparentemente teórica, de causa e efeitos, está a minha vida, e por ser paulistana desde o início, ela é repleta de prática, cotidianos e principalmente trânsito. Infelizmente, de forma compulsória, nos levamos logo pensar no trânsito urbano repleto de carros e caminhões. O cotidiano que faz a minha vida não deixa de ser diferente e também está formado por carros, ônibus e caminhões, mas prefiro pensar de uma forma diferente, tento imaginar quem são essas pessoas que também – assim como eu – acordam e saem de suas casas na busca de seja lá o que for. De que lugar da cidade cada pessoa saiu, para onde está indo e para fazer o que? Essa pergunta certamente é fácil de ser respondida, o mais difícil é tentar penetrar no trânsito de ideias da cabeça de cada um, esse sim, bem mais complicado de ser solucionado. Nos mais de trinta quilômetros que separam minha casa e meus estudos tenho tempo suficiente para teorizar hipóteses mil, que nunca chegam a resultado algum, e quando percebo já terminei minha viagem – urbana e mental.
Um novo trânsito se abre na minha vida ao chegar na faculdade, o aéreo. A proximidade com o aeroporto me faz perceber duas coisas: meu cotidiano está cada vez mais diversificado, complexo de entender e que a faculdade é longe de casa. Na faculdade, sem dúvidas, o trânsito de conhecimentos é o responsável por causar grandes congestionamentos na minha cabeça. Nesse ambiente percebo como podemos ser aparentemente tão iguais e mesmo assim pensarmos tão diferente uns dos outros, sem dúvida o dia-a-dia de cada um faz dele uma pessoa única, capaz de me ensinar e aprender comigo. A manhã termina e novamente toda aquela mistura de vontades, interesses e sonhos de motoqueiros, motoristas e pedestres salta aos meus olhos e ao final do dia chego em casa com a certeza de que continuarei a não entendê-los.
Aos poucos começo a imaginar como o meu cotidiano já está fisiologicamente conectado a cada uma dessas vidas que cruzaram o meu caminho e que virão a cruzar. Tenho a plena concepção que eu também sou parte integrante do mundo deles – mesmo que eles não saibam - e que o trânsito acima de tudo é reflexão e absorção de comportamentos e ideias, afinal disso é composto o cotidiano. Esse pensamento pode até não estar certo e não ser compreensível, mas ele tem a virtude de ser originalmente meu, alicerçado nas minhas experiências, assim como os outros milhões que tento em vão compreender pelos caminhos que cruzo.
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