quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O trânsito. O cotidiano. O Prêmio CET

Participei de um concurso feito pela Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET) na categoria crônica. Deveria escrever sobre o trânsito no meu cotidiano. Não é lindo? Pois é, saiu essa semana o resultado: não venci. Azar o de vocês leitores que terão - ou não - ler o que escrevi e perdi. As-lo aqui:

O meu cotidiano não existiria, sem o do meu vizinho, do conhecido de bairro ou até mesmo daquele sujeito morador do outro lado da cidade. Assim como é verdadeira a necessidade do trânsito; de gente, de carro, de vidas para compor essa rotina. A união do trânsito ao cotidiano torna-se uma mistura uniforme, indivisível, a qual uma não vive sem a presença da outra. O cotidiano é feito de ações repetitivas, que por mais que reclamemos delas não sabemos viver de uma forma que não seja essa, ou pelo menos nos acostumamos a crer que essa é a nossa vida. Já o trânsito é o resultado dessas repetições, é o efeito dessa relação de causa.

No meio de toda essa ideia aparentemente teórica, de causa e efeitos, está a minha vida, e por ser paulistana desde o início, ela é repleta de prática, cotidianos e principalmente trânsito. Infelizmente, de forma compulsória, nos levamos logo pensar no trânsito urbano repleto de carros e caminhões. O cotidiano que faz a minha vida não deixa de ser diferente e também está formado por carros, ônibus e caminhões, mas prefiro pensar de uma forma diferente, tento imaginar quem são essas pessoas que também – assim como eu – acordam e saem de suas casas na busca de seja lá o que for. De que lugar da cidade cada pessoa saiu, para onde está indo e para fazer o que? Essa pergunta certamente é fácil de ser respondida, o mais difícil é tentar penetrar no trânsito de ideias da cabeça de cada um, esse sim, bem mais complicado de ser solucionado. Nos mais de trinta quilômetros que separam minha casa e meus estudos tenho tempo suficiente para teorizar hipóteses mil, que nunca chegam a resultado algum, e quando percebo já terminei minha viagem – urbana e mental.

Um novo trânsito se abre na minha vida ao chegar na faculdade, o aéreo. A proximidade com o aeroporto me faz perceber duas coisas: meu cotidiano está cada vez mais diversificado, complexo de entender e que a faculdade é longe de casa. Na faculdade, sem dúvidas, o trânsito de conhecimentos é o responsável por causar grandes congestionamentos na minha cabeça. Nesse ambiente percebo como podemos ser aparentemente tão iguais e mesmo assim pensarmos tão diferente uns dos outros, sem dúvida o dia-a-dia de cada um faz dele uma pessoa única, capaz de me ensinar e aprender comigo. A manhã termina e novamente toda aquela mistura de vontades, interesses e sonhos de motoqueiros, motoristas e pedestres salta aos meus olhos e ao final do dia chego em casa com a certeza de que continuarei a não entendê-los.

Aos poucos começo a imaginar como o meu cotidiano já está fisiologicamente conectado a cada uma dessas vidas que cruzaram o meu caminho e que virão a cruzar. Tenho a plena concepção que eu também sou parte integrante do mundo deles – mesmo que eles não saibam - e que o trânsito acima de tudo é reflexão e absorção de comportamentos e ideias, afinal disso é composto o cotidiano. Esse pensamento pode até não estar certo e não ser compreensível, mas ele tem a virtude de ser originalmente meu, alicerçado nas minhas experiências, assim como os outros milhões que tento em vão compreender pelos caminhos que cruzo.

sábado, 22 de agosto de 2009

Bolt e outras gracinhas

Usain Bolt quebro essa semana o recorde nos 100 metros livres e se tornou o cara mais rápido do mundo. Pouco mais que nada menos de 9s, mais rápido que qualquer ato secreto no Senado.

O que de fato me intriga nesse cara é o seu jeitão brincalhão e descontraído antes e depois das provas. Lógico que depois - como sempre vencedor - é até compreensível a sua felicidade. Só que diferentes dos outros companheiros de prova, Bolt, segundos antes do início das corridas, está sorridente, brincando com a sua imagem no telão.

Aí eu penso, em uma velocidade inversamente proporcional a dele, se de fato é tão importante a tal concentração e total atenção em tudo de importante que vamos fazer. Se o cara que tá lá, disputando a prova mais importante, pressão e tudo comporta-se como nada estivesse acontecendo, por que eu em véspera de provas ou entrevistas de estágio fico ansioso. Será que de fato não estou tão confiante em mim mesmo como o próprio Bolt? Pergunta difícil, que nem ele em 9,58s saberia responder.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

You Can't Always Get What You Want

Sabe, a quantidade de pessoas que me conhecem é bem pequena. A quantidade de pessoas que gostam de mim é menor ainda. Mais de 6 bilhões e meio de pessoas nem sabem que eu existo. E isso nunca me incomodou. Então por que Deus se incomoda tanto com o fato de algumas pessoas não acreditarem Nele?

Ele é muito inseguro quanto à sua existência. Isto é, pra alguém que existe.
Se eu pudesse fazer metade do que Ele pode, passaria o tempo todo por aí, me divertindo, fazendo besteira, não vendo tá ou não tá me idolatrando. Nem perdendo meu tempo ameaçando quem não tá nem aí pra mim. Um ser tão superior não deveria se preocupar tanto com o que pensam dele, na minha opinião.

Relaxa, Deus! Desse jeito Você não consegue muita coisa. E nem aproveita a vida.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Orquestra Contemporânea de Olinda

Nada melhor do que a cidade do Recife para já servir como cartão de boas vindas e sinal de música boa. Essa big band faz juz a essa tradiçao e ainda dá um toquinho mais arrastado e tradicional a suas músicas, e bota tradicionalismo.

Muitos dos seus instrumentos não são usuais na música nordestina, apesar de ser a cara das big bands, como é o caso da tuba, além de trompete e flauta. A música principal do cd, homônimo à banda, carrega ainda uma pitada folclórica, dizendo do "canto da sereia".

Por aqui você pode fazer o download do cd: http://sombarato.org/taxonomy/term/48/all

01 - Ta falado
02 - Canto da sereia
03 - Ladeira
04 - Joga do peito
05 - Brigitti
06 - Balcão da venda
07 - Durante o carnaval
08 - Não interessa, não
09 - Vinheta
10- Saúde
11- Saúde II

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Carros, trens e fretados. E outras histórias


Joana, 32 anos, administradora de empresa sai todo dia da Vila Floresta, em Santo André, rumo à avenida Angélica, bairro de Santa Cecília em São Paulo. Recebe pouco mais de 6.000 reais por mês e paga quase 300 reais com ônibus fretado. O grandalhão a pega na esquina de casa e o deixa na esquina da avenida onde trabalha. Nesse interim já fez de tudo dentro do RapidTur, que mais parece um pinga-pinga daqueles que atravessam o Brasil: "até parabéns com bolinho o pessoal cantou pra mim esses dias", orgulha-se. "Mas agora com essa proibição, vou gastar mais ainda com transporte, perder tempo e até amigos", diz a ex-kassabista.

Lorena, 43 anos, é autônoma, trabalha na própria casa na rua Santo Antonio do Pinhal, paralela a avenida Paulista. Sua vida e a de suas filhas depende da rotina econômica da sua lojinha nos fundos da casa, para tanto os consumidores ávidos pelo seu artesanato precisa ao menos ver a fachada de sua loja, que ora pela fumaça dos ônibus, ora pela parada quase obrigatória dos fretados acaba desaparecendo. É constante os dias em que Lorena ao buscar suas filhas, demora mais de 15 minutos parada na própria rua esperando uma brecha para entrar em sua garagem.

Essa semana Joana não suportou tamanho desaforo e junto com mais 300 companheiros de classe média fecharam a avenida que dá acesso ao Metrô Santos-Imigrantes. "Queremos trabalhar, queremos trabalhar! ", esbravejavam. Lorena por outro lado era só sorrisos, enfim as pessoas estavam vendo sua loja e até o "Kassab, em que eu não votei, está demostrando ser um bom cara", disse com um sorriso amarelo.

Antônio mora em Francisco Morato, acorda as 4:30 hs pega um ônibus-trem-metrô-ônibus para chegar na vila Clementino onde trabalha com frete, que é diferente de fretado. O seu dia tem 19 horas, por que 5 passa fazendo essa verdadeira peregrinação. Arrimo de família, o seu ganha pão apertado é de 750 reais. O salário médio do brasileiro. Quando perguntado sobre o que achava da restrição à circulação dos fretados em alguns locais, Antônio disse - como sempre sorrindo: "fretado? meu negócio é frete". Depois, brincalhão como sempre apontou o Lance que estava lendo dentro do trem abarrotado da linha 7 e disse: "Obina, brilha muito no Palmeiras".

domingo, 19 de julho de 2009

Nova Cartografia Paulistana - Higienópolis


o bairro de Higienópolis

se fosse um senhor
seria daqueles que cinco vezes ao dia
se volta para Meca e reza para Alá
e como obrigação dá esmola
ao carroceiro que mora
em Itaquera em um prédio do BNH


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Rock n' Roll!



Criançada, gostaria de ocupar algumas linhas para lembrar que hoje é o dia mundial do Rock! Parabéns, Rock!

E também com agradecimentos a seu criador, Martin McFly!

Aliás, você sabe de quem é essa guitarra?

domingo, 5 de julho de 2009

Nova Cartografia Paulistana - Minhocão


o minhocão se fosse um senhor
seria daqueles que não olham para baixo
com vergonha daqueles que lá estão.
Mas quando repara
nos que lhe estão a mesma altura
nota o quão solitários são.


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Should feel sad, but I really believe that I'm glad

Eu to com o joelho doendo. Três dias atrás, passando na catraca do ônibus, bati (foi mais um esbarrão que uma batida) com o joelho na quina da catraca. Na hora nem senti nada, mas no dia seguinte acordei com uma dor. Uma dor que me segue até hoje.

É engraçado como essas coisas acontecem. Ás vezes uma coisinha a que você nem dá importância na hora acontece e você só sente depois... E umas coisas que parecem tão grandes, no fim não te machucam tanto.

Como cair da escada. Eu caí muitas vezes. Caí outro dia, recentemente. Na hora você pensa, "agora ferrou... disso eu não saio andando". Mas aí nada acontece. Ninguém se machuca muito caindo da escada, acho. Acho que ao cair da escada, ou você morre, ou sai andando. Eu nunca morri.

Mas meu joelho ainda dói.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Longe, muito longe

Como é ruim a distância. Ainda tem gente que diz que é boa, que faz criar nas pessoas o sentimento de necessidade, de falta...

Me peguei pensando nisso quando lembro da greve na USP e a posição dos estudantes da USP Leste (longe mais de 30 kms da outra USP). Não que os alunos da Leste não demonstraram interesse e tampouco se importaram pela causa, a questão nem é essa. É como a distância do centro de todo esse debate faz com que os sentimentos, o clamor, a emoção que move e sempre vai mover os alunos muitas vezes vai sumindo proporcionalmente aos quilômetros de distância.

Isso ninguém faz por mal, é como uma amizade que agente tanto preza e de repente a distância, os horários incopatíveis vão minando o que antes era tão unido. E não venha dizer que se fosse amizade, amizade, iria continuar igual. A rotina e a separação engoliu o que parecia - e naquele momento era - tão forte. São Paulo então, é a representação máxima desse fenômeno. Talvez seja para acaba um pouco com esse meu bairrismo.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A criatividade venceu!

Em maio, postei aqui uma idéia que eu tinha sobre a obrigatoriedade do diploma de jornalista para exercer: http://sigaapalavra.blogspot.com/2009/05/canudo-cheio-mente-vazia.html.

Pensava e penso (agora mais do que nunca) que não era um diploma e alguns anos sentado em uma faculdade qualquer que lhe daria a capacidade de ser jornalista competente. Mas enfim, a liberdade venceu, uma lei retrógrada da ditadura não vai mais pesar sob as mentes criativas até ontem presas.

Diploma de jornalismo não é mais obrigatório para o exercício da profissão!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

I Recognize Myself in Every Stranger's Eyes

Acabei de voltar de um passeio pelas ruas do meu bairro. Estava em casa, sem nada pra fazer e resolvi dar uma volta, pra esfriar a cabeça e tomar um café na padaria. Minha família foi viajar e eu resolvi ficar. Sozinho. Hoje é dia dos namorados, e estava me sentindo meio solitário, então decidi interagir um pouco com as ruas do meu bairro.

Pois então, na primeira esquina em que virei, encontro um homem deitado, claramente tendo um ataque. Tentei acordá-lo, mas ele não respondeu, então pego meu celular para chamar uma ambulância. Ele acorda e me impede. Fala que vai ficar bem... Então começo uma conversa com esse homem, pra ver se realmente ele está melhor. Aparentemente ele tem epilepsia, começou a sofrer ataques quando trabalhava em uma obra e caiu da laje. Isso é ruim...

Eu estava imerso em meus problemas, mas esse rapaz (de quem eu não perguntei o nome...) me fez pensar um pouco. Poxa, pelo menos eu posso dar uma volta sem ter que me preocupar se vou ter um treco a qualquer instante... Acho que no fundo é isso que todos nós queremos.

Enfim, na próxima vez em que estiver preocupado com alguma coisa, lembre-se de que pelo menos você não tem epilepsia. E se você tiver... Boa sorte com isso aí.

Ah, e destaque para todas as pessoas que passaram de carro e a pé do lado desse homem e nem olharam duas vezes. Valeu pessoal, isso sim é cidadania! Show de bola vocês!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Andrei Machado - Étant

Aparentemente, não há nada de especial nas composições apenas instrumentais desse brasiliense, afinal qualquer músico experiente e conhecedor de música teria capacidade semelhante. Andrei, no entanto, no auge dos seus vinte e poucos anos, de forma autodidata atingiu muito mais rápido e competente uma qualidade musical absurda.

Dito como indie clássico (indie, apenas por lançar de forma independente seus dois cd´s pelo selo sinewave), Andrei tem uma profundidade e uma melancolia que não se expressa em palavras, nem nas suas músicas e muito menos nessa crítica. Composições minimalistas são o tom dos dois cd´s lançados, onde se ouve basicamente um piano devagar e bem acertado. No ano de 2008, foi indicado como uma das cinco melhores supresas musicais do ano por críticos de música em um site de uma canal de tv musical.


Mesmo todas as faixas sendo intrumentais, os títulos das canções parecem que invadem as notas do piano e fazem com que deixem de ser apenas músicas ambiente para terem corpo e alma. Gravando tudo em casa, Andrei vê de Radiohead a Beirut como fontes de inspiração, mesmo sem perceber o quanto é ou pode ser tão bom quanto eles.

O cd "Lacuna", de 2008 pode ser baixado pelo myspace do cara, assim como "Étant" de 2009: http://www.myspace.com/andreimachado

01 - Ecce homo
02 - O cemitério dos deuses mortos
03 - Achei o abismo, está em mim
04 - Prelúdio
05 - O limiar da eternidade
06 - Somos poeira de estrelas
07 - Minha vida sem mim
08 - Uma canção para Werther
09 - E, finalmente, deixei o sol entrar

domingo, 7 de junho de 2009

Identidade e Democracia, a história da Nega Véia.

O começo é sempre o fim. O fim da minha ociosidade é a escrita deste meu primeiro (verdadeiramente) texto. E o tema não poderia ficar longe de ser Futebol. As conspirações das outras torcidas sobre a Ponte, sempre foram baseadas no "prestígio", sempre condicionadas por títulos. Mas aí cabe uma pergunta: Como o time mais velho do país se mantém na vitrine do futebol nacional sem a conquista de um título renomado, com uma torcida que é a maior do interior do Brasil ? A resposta para isso se chama Identidade. Não há nenhum time do mundo que tenha tamanha identidade entre a torcida e o clube. Parecem balelas subjetivas de um torcedor vislumbrado, mas não, isto é um fato. Para comprovar, demonstrarei que a Associação Atlética Ponte Preta, foi o primeiro time da América do Sul a ter em suas fileiras a democracia racial no futebol, além de ser o único time do Brasil cuja a torcida construiu por meio de mutirão, o próprio estádio. Estes dois fatos reforçam a relação histórica entre o povo humilde campineiro e a Veterena.

É inegável o avanço histórico ocorrido no campeonato carioca no ano de 1924 por parte do Vasco da Gama, em relação a democracia racial, na qual inseriu os negros no esporte nacional. Este fato foi muito divulgado na grande mídia, colocando sempre o Vasco como precursor na democracia racial no futebol brasileiro.Porém, o primeiro clube a de fato a estabelecer a democracia racial foi a Ponte Preta, no ano de 1900.

"O primeiro time da Ponte Preta congregava jogadores que residiam no Bairro da Ponte Preta , região marcada pela presença de operários, ferroviários, mascates e imigrantes. Os jogadores formavam uma autêntica “ democracia racial “ , era imigrantes alemães, austríacos, portugueses , ferroviários brancos, mulatos e negros. O patrono destes jovens era o alemão Theodor Kutter adepto do movimento anarquista na Europa, que trouxe para o Bairro da Ponte Preta a idéia de congregar jovens através do esporte".


O Dossiê completo que comprava Miguel de Carmo como o primeiro negro no futebol brasileiro, pode ser visto no site www.pontepretano.com na seção Democracia Racial.
Pois bem, eu nego os títulos e o prestígio, nego os holofotes, nego a grande mídia, mas o mais importante de um clube é a torcida. E este fato da democracia racial, é só mais uma comprovação da histórica mística pontepretana. "A mística se revela no espírito, é o sopro de uma paixão. Como essência, ela sempre exige grande devoção, é vida e indica o caminho, nunca pode ser esquecida, pois vem do nascimento e perpetuamento da Associação Atlética Ponte Preta".

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Associação DX do Brasil

Sempre achei que ser alternativo no mundo sonoro-musical era sei lá, ouvir aquela banda indie da Islândia que niguém nunca ouviu falar ou até caras de garagem que lançam na net suas músicas. Pobre de mim!

Moderno e diferente mesmo é ser um dexista, que em outras palavras é praticar a remora atividade de caçar rádios internacionais aqui em terras brasileiras. Pensa que é fácil? Se muitas vezes rádios piratas impedem aviões de pousarem e você de encontrar sua rádio predileta na sua própria cidade, imagina passar horas no seu Receptor Portátil SONY ICF F125 (o da foto) captando uma rádio vietnamita, por exemplo.


Mais unida que movimento estudantil, a Associação DX do Brasil já conta com 900 guerreiros espalhados pelo Brasil. Da Paraíba para o mundo, a ADXB não sabe o que são limites geográficos. Já ouviu, interegiu e até recebeu brindes de rádios dos quatro cantos do mundo.

Pensa que é fácil sair por aí captando ondas curtas mundo afora? Primeiro trate de comprar o seu Sony e ir pra um lugar ermo (pensa que vai pega alguma coisa na Paulista?). Mas cuidado, dexista captando Transamérica, Kiss FM é que nem alternativos se emocionando ouvindo Fresno. Pega mal!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Pale Sunday - Summertime


Suas músicas caberiam em qualquer seriado americano de bom gosto, principalmente por que em 2003 já tinham um EP ("A Weekend With Jane") pelo selo da Matinée Record, badalado selo pop americano. Ainda em 2002 com o EP nacional "Everything Starts When You Smile" já mostravam o seu lado indie-pop cheio de harmonia e melódico. Meio desconhecidos por aqui, apesar de serem do interior de São Paulo, o Pale Sunday já até participou de tributos aos Smiths ("Romantic And Square Is Hip And Aware").



O CD é um tanto quanto anos 90, o que não é ruim, apesar da onda anos 80 atual. Através de um vocal/baixo calibrado, duas guitarras e uma bateria, The White Tambourine, Twiggy Superstar apontam (ou apontavam, por que o CD não é tão atual, apesar de ser o mais novo) como destaque desse quarteto interiorano musical e geograficamente.

Download: Pale Sunday - Summertime

1. The White Tambourine
2. Mary
3. Sunday Morning
4. Twiggy Superstar
5. My Punk Girl
6. Never Fall Apart
7. She'll Never Be Mine
8. 1978
9. A Safe Place
10. Strangeways

domingo, 31 de maio de 2009

Estréia

Vou adentrar ao blog com uma postagem no Domingo a noite (em clima de Fantástico), prestes a me fuder na prova de GRH. Pra relutar todo essa angústia, nada mais bairrista (saudoso) e prazeroso do que ficar com imagens da The OC brasileira:



em breve: a verdadeira história, de um verídico time popular!

Monty Python - O homem consertador de bicicletas



Eu não sei como não foi mencionado nesse blog ainda, mas somos muito fã (eu sou, pelo menos) do sexteto britânico Monty Python. Enfim, demorou pra postar um vídeo deles aqui.

sábado, 30 de maio de 2009

Nothing to say, I've got nothing to say

Já faz um tempo que eu quero escrever um post nesse blog, não escrevo há um tempão atrás. O problema é que ultimamente não me vem nada que parece digno de nota na cabeça... Eu ia escrever uma crítica ao show do Heaven and Hell, mas no fim, ela se resume a isso: Black Sabbath: ótimo; James Dio: não.
Normalmente eu deixo o assunto vir até mim, mas agora eu vou procurar alguma coisa e falar sobre ela. Porque eu to entediado. E também para vocês saberem que eu ainda estou aqui. Entããão...
Bom, minha pesquisa foi infrutífera. Susan Boyle ainda tá rendendo, Maísa sai do Silvio Santos...
Ah, olha isso aqui: "As dez cidades com as mulheres mais bonitas do mundo". Não gostei das cidades listadas, eu podia fazer uma reclamação. Mas esse assunto é muito banal pro meu gosto. Então faça o seguinte, leitor: leia esse texto, ou qualquer outro, faça uma crítica e mande no meu e-mail. Desse modo eu posso roubar suas idéias e talvez fazer com que meu post fique mais interessante. Obrigado.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O limite da Arte

O post de hoje é especial. Um dia eu vou poder falar assim: tá vendo essa escritora genial aí? Escreveu no meu blog quando éramos amigos de faculdade. Não canso de elogiar e nem de lê-la.

O limite da Arte

A cada dia me surpreendo mais com a Arte. Vacilo entre o sentimento de compreender e me perder. Mas sem dúvida, cada vez mais absorvida.
Antes de pensarmos no limite da Arte temos que pensar no que é a Arte. Não é raro falarem “até eu faço isso” quando se deparam com Pollock. Ou então simplesmente não considerarem arte, como com Duchamp. A questão é que a arte não se restringe a obra. A Arte é também a atitude. Você faz jorros de tinta? Ok. Faça na época dele. A Arte é um meio de chocar, de perder o ponto de equilíbrio.

Uma vez aprendi que Arte é ética, técnica e prática. Não faça um homem palito e venha me dizer que é Arte. Um homem palito normalmente é só um homem palito.
A Arte não exige ensino, necessariamente. Mas exige refinamento. Pode ser ousada e pode ser clássica. A Arte pode ser Shakespeare ou Plínio Marcos. A Arte pode ser tudo o que ela quiser.

Pode ser o início, o meio ou o fim de uma ação do artista. A alegria, o amor, o desespero ou o desprezo. Gerar lágrimas de todos os gostos. Gerar, inclusive, a inderença. Diante da Arte você pode ficar sem palavras, estagnado. Pode ter mil opiniões. Pode passar reto. A partir do momento que a Arte é finalizada e apresentada não pertence mais ao artista. E cada um faz Dela o que bem entender.

Uma arte específica que me fascina é a dança, pois o seu corpo faz a Arte e é a própria Arte. Associada à música, cultura e/ou dramaturgia, não possui limites. Pergunte a Ana Botafogo se quando ela provou sua primeira sapatilha imaginava o dia que um homem dançaria de forma apaixonada com uma escavadeira de 5 toneladas.

A arte está além da razão. E só pode ser entendida com o coração.
Abra o seu, expanda seu horizonte e se delicie, se choque e se emocione com esse universo sem limites.

sábado, 23 de maio de 2009

Ei você tá livre? Viva a liberdade!

Como foram gênios esses caras!



O governo tá certis... O que, o mé?!

PS: parabéns Rubinho! O Brasil tá com você até o fim!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Canudo cheio. Mente vazia

Reparem que paradoxo (pelo menos pra mim parece...)!

Se você um dia sonha em ser político, tente a sorte. Você pode precisar de muita coisa (escusas ou não), mas com certeza um diploma de administrador público não vai ser uma delas. E cá entre nós, não é uma tarefa fácil ser gestor público nesse país. Olha o Lula, não é acadêmico, mas o cara é bom.

Isso não é uma crítica, é uma constatação.

Agora pára pra pensar: e se eu quiser ser um jornalista, por exemplo. Sei lá, pensa em um tema: música, carros, futebol... Pra escrever um "a" em qualquer meio de comunicação impressa (por que virtual, qualquer um de qualquer jeito, assim como eu escreve), precisamos de um diploma, de algo que comprova que estudamos ou não quatro, cinco anos de didática, metodologia e outras matérias quaisquer.

Dá pra imaginar quanta gente boa o mundo perde nessa? Ela por exemplo, escreve, na minha opinião, com sentimento, com aquilo que todo escritor deve ter. Mas, ela não é academicamente uma escritora! Azar o da literatura... Um outro conhecido meu: adora carros, percebe-se na conversa com ele que esse tema o move, mas como ele não sabe o que é jornalismo literário, o seu talento vai se perder no mundo.

Concordo que um engenheiro e não um publicitário pode empreitar obras, que um mestre de obra não é maestro da ópera. Música é talento, engenharia é conhecimento técnico, e muitas obras áreas são assim também.

Para vocês terem uma idéia, a lei que regulamenta a profissão de jornalista é a 972 de 69. Em plena ditadura! Dá pra ter uma idéia né do que os militares imaginavam o que era ser jornalista naquela época.

Corre no Superior Tribunal Federal o recurso para acabar com a obrigatoriedade do diploma de jornalista. Ou seria a lei que dará exemplo e libertará à sociedade, os talentos que ficam ao relento, à espera de um canudo seja ele de jornalista, publicitário, escritor... Vida longa ao talento!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Wasted Years

Achei um vídeo muito engraçado na internet:



É um programa alemão que mostra umas bandas se apresentando. Só que é tudo em playback. Como o Iron Maiden não curte playback, eles zuaram geral e ramelaram o programa. Essa é pra um certo amigo meu que fica cismando que viu o Iron fazendo playback...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Imagina isso nas suas veias...

Que eu sempre fui fã de arte cinética isso já sabia. Mas depois de ver essa obra eu pirei de vez. A música então é o complemento perfeito.



Ai se o trânsito de São Paulo fluisse assim...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O que é mais importante?

"Já" são 8 casos no Brasil.



Tomara que um dia inventem máscara pra acabar com as mais de 500 mortes de dengue só esse ano.

domingo, 10 de maio de 2009

Papo de butiquim I - O Vinagrete

A partir de hoje teremos uma seção que o próprio título já diz tudo, traremos assunto de butiquim. Aqueles que muitas vezes não te acrescentam nada, ou tudo. Histórias que lemos ou ouvimos e compartilhamos nossas visões com vocês literários virtuais.

Hoje o papo é o vinagrete.



Aquele ingrediente tão fundamental quanto a cerveja nos churrascos de hoje em dia. O problema, pelo menos na visão da prefeitura em 2002 (sim, Marta Suplicy), é que esses condimentos eram tão perigosos quanto os bandidos soltos na rua e por isso a sua livre comercialização nas feiras públicas estaria suspenso de acordo com o decreto 42.238! Ohhhh, mas como eu nunca percebi isso, deve-se perguntar você.

Bom, primeiro não sei se você que lê aí tem costume de pedir aquele pastel de feira com, orgulhosamente, 100% de gordura trans ou aquele prensado de salsicha-milho-batatapalha-ervilha-maionese. E segundo - e mais imporante! - há um, digo, uma cidadã responsável pela preparação e distribuição desse temperinho nas feiras da zona sul, norte e oeste.

Essa contraventora às avessas que por seis anos abasteceu a feira do Pacaembu (você faapiano, pergunte pra algum pasteleiro sobre essa senhora) hoje faz a alegria de quem acha que escondido tudo é mais gostoso.

A primeira vista pode-se pensar que ninguém nunca seria multado por uma banalidade dessas, e é aí que agente se engana. Feirantes já foram multados, o que levou os fregueses a terem de criar toda uma tática minuciosa para continuar comendo do fruto proibido. Gestos, sinais iguais aqueles usados no jogo de truco quando saímos com o zap, enfim uma infinidade de pormenores que alimentam mentes e estômagos vazios.

Difícil de acreditar nessa história? Pois tente ir a uma feira dessas de fim de semana onde o japonês pasteleiro trabalha mais freneticamente que montador de carro e peça em voz alta: tem vinagreteee?!

Ou se esse não é o seu passeio preferido tente uma busca no google. Só aviso que você perderá a chance de sentir aquele cheirinho delicioso de gordura e também um NÃOOO em alto e bom som.



Idéia pinçada da Piauí

terça-feira, 5 de maio de 2009

Teatro do Oprimido

Eu conheci esse cara - assumo - nas vinhetas e no programa Retalhão do Canal Brasil, o que é até ridículo perante ao que ele fez pela arte do Brasil.

Em uma de suas genialidades, ele uniu a política com o teatro, juntou o homo politicus, do Aristóteles, com o animal artístico de Nietzsche. Ele fez o cidadão reaceder a sua capacidade criativa, o que o leva a elevar a sua força.

Sua fama no Brasil não era tão difundida assim, mas quem se importava para isso, uma vez que até como canditado a prêmio Nobel da Paz de 2008 esse homem concorreu. Ele, de uma forma diferente de Senna, nos (brasileiros) orgulhava de uma forma diferente e ao mesmo tempo indireta.

Tamanha genialidade o fez falecer em pleno feriado de Virada Cultural em São Paulo. Logo ele, que fez uma das maiores viradas culturais sem holofotes do país.



Augusto Boal, artista brasileiro

segunda-feira, 4 de maio de 2009

domingo, 3 de maio de 2009

Lord, I bet you have


Como muitos de vocês sabem, todo ano ocorre um certo evento em São Paulo denominado Virada Cultural. Trata-se de um monte de shows e outros eventos realizados nas proximidades do centro da cidade. Ainda está acontecendo, então corre lá que dá pra pegar o final. Mas vai logo, porque a zona que está o metrô de São Paulo, graças à sensacional decisão de passar aquele tatuzinho bem no meio da Virada Cultural, pode te atrasar. Se bem que o melhor já passou, isso com certeza.

A abertura da Virada esse ano ficou por conta de Jon Lord, o grande ex-tecladista do Deep Purple (muito melhor que Don Airey, o atual), e Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, além de Chester Kamen na guitarra (que já tocou com David Gilmour E Roger Waters), Steve White na bateria (que já tocou com The Who) e Guy Pratt no baixo (que já atuou como baixista do Pink Floyd pós-Roger e também como genro do falecido Richard Wright). Esse que vos fala esteve presente no show, e deixe-me dizer que esse foi um dos melhores shows que eu já vi.

A maior parte do show consistiu no "Concerto for Group and Orquestra", escrito por Jon Lord e apresentado pela primeira vez em 1969, pelo Deep Purple e Royal Philharmonic Orquestra, uma mistura de música clássica com flashes de rock progressivo. Jon Lord mostra que é um músico completo, perito nas áreas do rock e clássico. Tudo flui muito bem de um gênero para outro e Jon não deixa nada a desejar durante a execução.

Ao final, Lord nos presenteia com um pouco de seu trabalho solo e com o Hard Rock do Deep Purple, tocando 3 (três) canções da banda: Pictures of Home, Soldier of Fortune (!!) e Child in Time.
Realmente um show perfeito, digno do melhor tecladista em atividade. Nick Mason. Pronto, agora já citei todos os integrantes do Pink Floyd no texto.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Gente do nosso cotidiano - Seu Zé

Algumas pessoas passam na nossa vida e acabam fazendo parte do nosso cotidiano de uma forma diferente, mesmo não sendo aquele melhor amigo ou companheiro de trabalho.

É gente como o Seu Zé, um vizinho meu. Normalmente, vizinhos são próximos de nós ou são daqueles que nunca vemos. Mas o Seu Zé é diferente. Ele faz mas não faz parte da minha vida.

A rua em que eu moro hoje é a mesma que meu pai nasceu e cresceu, e desde sempre o Seu Zé tava por aqui. Meu pai diz que o nome é Malaquias, mas não há quem o chame por esse nome. Quem sou eu pra discordar?

O engraçado do Seu Zé é que desde que o reconheço, eu nunca o vi trabalhar (ele já trabalhou, hoje é aposentado). Assim, ele passa o dia todo na sua janela que é defronte a minha porém do outro lado da rua, com os cotovelos apoiados (haja dor de cotovelo) e fumando (e como fuma!). As sete da manhã ele já tá lá, chegas as dez da noite ele persiste.

O que será que esse homem - que eu só dou um Oi seu zé! - já fez da vida? O quanto ele suou para cuidar dos filhos e hoje merecidamente fuma tranquilo o seu Derby. Ele vê absolutamente tudo que passa na rua, e consequentemente, na minha vida, e daí? Para ele isso nada significa. Será mesmo?

Já me peguei várias olhando para aquele senhor negro da casa em frente e vendo suas reações. Ele é sempre igual, estático, parece que a vida passa e ele a contempla sem perplexidades. Mas a verdade é que quando ele não está naquela janela que vejo agora, eu sinto sua falta, e como vários outros sentimentos não sei explicar o porquê.

De quantos seu´s Zé é feita a vida dagente?

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Black Rain

domingo, 26 de abril de 2009

O conteúdo desse post está desatualizado e foi considerado não condizente com o conteúdo do blog pelo autor.

You talk about your woman, I wish you could see mine...


Não entendo a surpresa de todos quanto a cantora inglesa mencionada em um dos posts abaixo. O que a aparência física tem a ver com o talento musical? O Satriani é o capeta, e no entanto.

O que ocorreu com Susan é reflexo de um mundo superficial, machista e capitalista ao extremo. Para obter sucesso no mundo pop, a estética é o mais importante, não espera-se que uma cantora venda apenas sua música, mas também pôsteres, revistas femininas, playboys e por aí vai...

Isso ocorre principalmente com as mulheres, os homens necessitam apenas de talento (e uma dose de sorte) para se destacar, já as mulheres precisam desse, (uma dose de sorte) e da beleza. Ou não, né. Mas enfim, o fato é que uma mulher depende primeiramente de sua aparência física para obter sucesso na mídia. O resto é secundário.

Algo que comprova isso é uma coisinha que eu notei recentemente, enquanto brincava com buscas na Internet. Tente você também:

Vá no Google e desative o filtro de busca. Em seguida, vá na busca de imagens e digite qualquer nome feminino. Qualquer um, por exemplo Erica ou Bianca. Em noventa e nove por cento das vezes vai aparecer no mínimo uma mulher nua ou seminua logo na primeira página, refletindo a saturação do mercado de objetificação da mulher. Algo que chegou a tal ponto, que as pessoas não conseguem desvincular a estética do sucesso. Ninguém dava nada por Susan Boyle, porque ninguém espera nada de uma mulher com aquela aparência.

Porém, eu não coloco nenhuma fé em reality shows, duvido que os jurados já não tinham escutado a moça cantar antes dela entrar no palco e fabricaram suas reações para facilitar o espanto da platéia. Você sabe, para guiar o modo com que você deve interpretar os acontecimentos.

O caso dela será explorado de outra maneira. A moça será produtificada exatamente porque é diferente e única, foge aos padrões da mídia. Seu exemplo cria uma certa sensação de otimismo nas pessoas. Uma falsa sensação de otimismo. A mídia pode dar espaço a um ou dois casos como esse, porém nossa sociedade capitalista-individualista-superficialista-machista não vai a lugar nenhum. Ela pode sofrer algumas adaptações, mas sempre mantém sua essência. Corram para as colinas!

sábado, 25 de abril de 2009

A singularidade do ser plural

Se o blog tanto enfatiza que é pluralista, que raios é pluralismo?

Pluralismo é o reconhecimento da diversidade, no jargão político. Mas vem cá, eu não posso ser diverso e plural dentro do meu eu? Nem sempre o que é plural, é sempre ótimo e o que é singular, indiferente.

Se eu não pensar em mim quem vai pensar, diria o mais singular. O pluralista: o outro é uma extensão e faz parte de mim. O Lenine uma vez cantou que ele tão singular, tinha se visto plural.

Será que para sermos únicos temos que ser necessariamente distantes do que é plural?
Será que o plural e o singular são assim, nunca andam juntos, feitos dia e noite?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Nem tudo é o que pareçe!



Foto meramente ilustrativa!.

Aliás, quem ver outros lambe-lambre desses ou pichações por aí por favor comente!

.........

Como o companheiro Bruno postou aí embaixo, "a voz do Brett não tem nada a ver com a do Jim. Mas olha que ele tentou...". As coisas são assim mesmo, agente pensa que é mais não é. Esse vídeo já é manjado na net, mas diz muito sobre esteriótipos, preconceitos e afins.

Por fim, acabei de lançar também uma enquete sobre futebol com o intuito claro, objetivo e direto de irritar o Dani. Espero que consiga! Vai Bugre

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Girl, We Couldn't Get Much Higher


No dia 18 de abril, ocorreu um evento muito interressante, la em São Bernardo. Foi o show do Doors, ou “Riders on the Storm, Robbie Krieger and Ray Manzarek of the Doors”, depois que o baterista John Densmore ganhou o processo. E esse que vos fala esteve no show, que contou também com a ilustre presença de Casagrande e Frank Aguiar.

Agora, eu andei perguntando, antes do show, para o pessoal se iriam para o show. A resposta da grande maioria foi “Não. Jim Morrison não vai estar lá.” Bom, o Jim Morrison não vai estar em nenhum lugar, nunca mais. Não saiam mais de casa, então.

Enfim, como vocês já devem saber, Jim Morrison, vocalista do Doors e responsável pela composição da maior parte das letras e por grande parte do sucesso da banda, devido a sua performance dentro e fora do palco, faleceu aos 27 anos em 1971, vítima de overdose.

A voz ficou por conta de Brett Scallions, ex-vocalista do Fuel. Conhece o Fuel? Nem eu. Aqui vai um link pra você. É bom, mas a qualidade da banda caiu com o passar do tempo. Até involuir em um som totalmente genérico. Esse último não é mais com o Scallions.

Se viu os links, percebeu que a voz do Brett não tem nada a ver com a do Jim. Mas olha que ele tentou... Até seu comportamento no palco foi imitando o falecido. Sabe, quando você assume um posto em uma banda, espera-se que você mantenha sua individualidade. Eu entendo ele tentar simular a voz do Morrison, afinal, as músicas foram feitas para o tom de voz dele. Agora, simular sua performance no palco já é um pouco feio. Sabe o que seria legal? Ray Manzarek no vocal. Ele tem uma voz boa, e até chegou a cantar, junto com o Robbie, nos dois discos feitos depois da morte do cantor. Além disso, é ele que possui mais personalidade na banda agora, sendo responsável por gracinhas como:

“Bom, eu gostaria de dizer que, quando jovem usei drogas e me arrependo... Me arrependo de não ter usado mais!”

Enfim... Foi um bom show, Manzarek e Robbie mostraram que o Doors pode e deve continuar, teve até um pouquinho de improvisação, marca registrada da banda. Minhas únicas críticas vão ao baixista bem medíocre Philip Chen (DOORS NÃO TEM BAIXO!!! TIREM ESSE CARA DAÍ!!!) e ao cantor que, apesar de segurar a onda, não chega nem aos pés do Jim. Gostaria de ver o Doors com um cantor de verdade. Eddie Vedder seria uma ótima escolha, ele já até chegou a fazer um showzinho com eles em 93.

Ah, e destaque para a abertura do show, o Russo! Russo é o cara!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Pássaro que come ferro



A nossa pretensão, além de postar enfadonhos posts, é também trazer fotos interessantes, blogueiros gatchenhos e vídeos bacanas.

Esse videozinho em stop motion de inglês simples é de um galo que bota um ovo (como assim?!) e o resto vocês vêem. Eu como um bom gestor público – que vê comunista onde não tem – já pensei altas teorias. De que ele questiona o modo de produção e consumo da sociedade e
blá blá blá.

A real é que esse curta me fez pensar: como um cara fez uma parada doida dessa em 1930 e eu em 2009 não experimentei /fiz um curta?

terça-feira, 14 de abril de 2009

Siga a palavra!




Se um escrevendo já é chato, três então será insuportável. Essa é a minha previsão para o que pode vir desse blog, que deixa claro: aqui o pluralismo é virtual! Entenda como queira a nossa idéia de virtual...


Pra não dizer que nós somos muuuito criativos, deixo claro que o título do blog (que poderia ter sido loosermanos, pandjangos, "nada com gpp, é muito clichê - como diria o Brunão"...) veio de uma brincadeira envolvendo uma obra de arte - minha concepção de arte é muito abragente - da nossa faculdade.

A foto é da obra em questão que faz parte de uma série de outros murais de um professor francês que dá aula no curso de moda (huuuuum...).