terça-feira, 28 de abril de 2009

Gente do nosso cotidiano - Seu Zé

Algumas pessoas passam na nossa vida e acabam fazendo parte do nosso cotidiano de uma forma diferente, mesmo não sendo aquele melhor amigo ou companheiro de trabalho.

É gente como o Seu Zé, um vizinho meu. Normalmente, vizinhos são próximos de nós ou são daqueles que nunca vemos. Mas o Seu Zé é diferente. Ele faz mas não faz parte da minha vida.

A rua em que eu moro hoje é a mesma que meu pai nasceu e cresceu, e desde sempre o Seu Zé tava por aqui. Meu pai diz que o nome é Malaquias, mas não há quem o chame por esse nome. Quem sou eu pra discordar?

O engraçado do Seu Zé é que desde que o reconheço, eu nunca o vi trabalhar (ele já trabalhou, hoje é aposentado). Assim, ele passa o dia todo na sua janela que é defronte a minha porém do outro lado da rua, com os cotovelos apoiados (haja dor de cotovelo) e fumando (e como fuma!). As sete da manhã ele já tá lá, chegas as dez da noite ele persiste.

O que será que esse homem - que eu só dou um Oi seu zé! - já fez da vida? O quanto ele suou para cuidar dos filhos e hoje merecidamente fuma tranquilo o seu Derby. Ele vê absolutamente tudo que passa na rua, e consequentemente, na minha vida, e daí? Para ele isso nada significa. Será mesmo?

Já me peguei várias olhando para aquele senhor negro da casa em frente e vendo suas reações. Ele é sempre igual, estático, parece que a vida passa e ele a contempla sem perplexidades. Mas a verdade é que quando ele não está naquela janela que vejo agora, eu sinto sua falta, e como vários outros sentimentos não sei explicar o porquê.

De quantos seu´s Zé é feita a vida dagente?

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Black Rain

domingo, 26 de abril de 2009

O conteúdo desse post está desatualizado e foi considerado não condizente com o conteúdo do blog pelo autor.

You talk about your woman, I wish you could see mine...


Não entendo a surpresa de todos quanto a cantora inglesa mencionada em um dos posts abaixo. O que a aparência física tem a ver com o talento musical? O Satriani é o capeta, e no entanto.

O que ocorreu com Susan é reflexo de um mundo superficial, machista e capitalista ao extremo. Para obter sucesso no mundo pop, a estética é o mais importante, não espera-se que uma cantora venda apenas sua música, mas também pôsteres, revistas femininas, playboys e por aí vai...

Isso ocorre principalmente com as mulheres, os homens necessitam apenas de talento (e uma dose de sorte) para se destacar, já as mulheres precisam desse, (uma dose de sorte) e da beleza. Ou não, né. Mas enfim, o fato é que uma mulher depende primeiramente de sua aparência física para obter sucesso na mídia. O resto é secundário.

Algo que comprova isso é uma coisinha que eu notei recentemente, enquanto brincava com buscas na Internet. Tente você também:

Vá no Google e desative o filtro de busca. Em seguida, vá na busca de imagens e digite qualquer nome feminino. Qualquer um, por exemplo Erica ou Bianca. Em noventa e nove por cento das vezes vai aparecer no mínimo uma mulher nua ou seminua logo na primeira página, refletindo a saturação do mercado de objetificação da mulher. Algo que chegou a tal ponto, que as pessoas não conseguem desvincular a estética do sucesso. Ninguém dava nada por Susan Boyle, porque ninguém espera nada de uma mulher com aquela aparência.

Porém, eu não coloco nenhuma fé em reality shows, duvido que os jurados já não tinham escutado a moça cantar antes dela entrar no palco e fabricaram suas reações para facilitar o espanto da platéia. Você sabe, para guiar o modo com que você deve interpretar os acontecimentos.

O caso dela será explorado de outra maneira. A moça será produtificada exatamente porque é diferente e única, foge aos padrões da mídia. Seu exemplo cria uma certa sensação de otimismo nas pessoas. Uma falsa sensação de otimismo. A mídia pode dar espaço a um ou dois casos como esse, porém nossa sociedade capitalista-individualista-superficialista-machista não vai a lugar nenhum. Ela pode sofrer algumas adaptações, mas sempre mantém sua essência. Corram para as colinas!

sábado, 25 de abril de 2009

A singularidade do ser plural

Se o blog tanto enfatiza que é pluralista, que raios é pluralismo?

Pluralismo é o reconhecimento da diversidade, no jargão político. Mas vem cá, eu não posso ser diverso e plural dentro do meu eu? Nem sempre o que é plural, é sempre ótimo e o que é singular, indiferente.

Se eu não pensar em mim quem vai pensar, diria o mais singular. O pluralista: o outro é uma extensão e faz parte de mim. O Lenine uma vez cantou que ele tão singular, tinha se visto plural.

Será que para sermos únicos temos que ser necessariamente distantes do que é plural?
Será que o plural e o singular são assim, nunca andam juntos, feitos dia e noite?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Nem tudo é o que pareçe!



Foto meramente ilustrativa!.

Aliás, quem ver outros lambe-lambre desses ou pichações por aí por favor comente!

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Como o companheiro Bruno postou aí embaixo, "a voz do Brett não tem nada a ver com a do Jim. Mas olha que ele tentou...". As coisas são assim mesmo, agente pensa que é mais não é. Esse vídeo já é manjado na net, mas diz muito sobre esteriótipos, preconceitos e afins.

Por fim, acabei de lançar também uma enquete sobre futebol com o intuito claro, objetivo e direto de irritar o Dani. Espero que consiga! Vai Bugre

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Girl, We Couldn't Get Much Higher


No dia 18 de abril, ocorreu um evento muito interressante, la em São Bernardo. Foi o show do Doors, ou “Riders on the Storm, Robbie Krieger and Ray Manzarek of the Doors”, depois que o baterista John Densmore ganhou o processo. E esse que vos fala esteve no show, que contou também com a ilustre presença de Casagrande e Frank Aguiar.

Agora, eu andei perguntando, antes do show, para o pessoal se iriam para o show. A resposta da grande maioria foi “Não. Jim Morrison não vai estar lá.” Bom, o Jim Morrison não vai estar em nenhum lugar, nunca mais. Não saiam mais de casa, então.

Enfim, como vocês já devem saber, Jim Morrison, vocalista do Doors e responsável pela composição da maior parte das letras e por grande parte do sucesso da banda, devido a sua performance dentro e fora do palco, faleceu aos 27 anos em 1971, vítima de overdose.

A voz ficou por conta de Brett Scallions, ex-vocalista do Fuel. Conhece o Fuel? Nem eu. Aqui vai um link pra você. É bom, mas a qualidade da banda caiu com o passar do tempo. Até involuir em um som totalmente genérico. Esse último não é mais com o Scallions.

Se viu os links, percebeu que a voz do Brett não tem nada a ver com a do Jim. Mas olha que ele tentou... Até seu comportamento no palco foi imitando o falecido. Sabe, quando você assume um posto em uma banda, espera-se que você mantenha sua individualidade. Eu entendo ele tentar simular a voz do Morrison, afinal, as músicas foram feitas para o tom de voz dele. Agora, simular sua performance no palco já é um pouco feio. Sabe o que seria legal? Ray Manzarek no vocal. Ele tem uma voz boa, e até chegou a cantar, junto com o Robbie, nos dois discos feitos depois da morte do cantor. Além disso, é ele que possui mais personalidade na banda agora, sendo responsável por gracinhas como:

“Bom, eu gostaria de dizer que, quando jovem usei drogas e me arrependo... Me arrependo de não ter usado mais!”

Enfim... Foi um bom show, Manzarek e Robbie mostraram que o Doors pode e deve continuar, teve até um pouquinho de improvisação, marca registrada da banda. Minhas únicas críticas vão ao baixista bem medíocre Philip Chen (DOORS NÃO TEM BAIXO!!! TIREM ESSE CARA DAÍ!!!) e ao cantor que, apesar de segurar a onda, não chega nem aos pés do Jim. Gostaria de ver o Doors com um cantor de verdade. Eddie Vedder seria uma ótima escolha, ele já até chegou a fazer um showzinho com eles em 93.

Ah, e destaque para a abertura do show, o Russo! Russo é o cara!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Pássaro que come ferro



A nossa pretensão, além de postar enfadonhos posts, é também trazer fotos interessantes, blogueiros gatchenhos e vídeos bacanas.

Esse videozinho em stop motion de inglês simples é de um galo que bota um ovo (como assim?!) e o resto vocês vêem. Eu como um bom gestor público – que vê comunista onde não tem – já pensei altas teorias. De que ele questiona o modo de produção e consumo da sociedade e
blá blá blá.

A real é que esse curta me fez pensar: como um cara fez uma parada doida dessa em 1930 e eu em 2009 não experimentei /fiz um curta?

terça-feira, 14 de abril de 2009

Siga a palavra!




Se um escrevendo já é chato, três então será insuportável. Essa é a minha previsão para o que pode vir desse blog, que deixa claro: aqui o pluralismo é virtual! Entenda como queira a nossa idéia de virtual...


Pra não dizer que nós somos muuuito criativos, deixo claro que o título do blog (que poderia ter sido loosermanos, pandjangos, "nada com gpp, é muito clichê - como diria o Brunão"...) veio de uma brincadeira envolvendo uma obra de arte - minha concepção de arte é muito abragente - da nossa faculdade.

A foto é da obra em questão que faz parte de uma série de outros murais de um professor francês que dá aula no curso de moda (huuuuum...).