quinta-feira, 25 de junho de 2009

Should feel sad, but I really believe that I'm glad

Eu to com o joelho doendo. Três dias atrás, passando na catraca do ônibus, bati (foi mais um esbarrão que uma batida) com o joelho na quina da catraca. Na hora nem senti nada, mas no dia seguinte acordei com uma dor. Uma dor que me segue até hoje.

É engraçado como essas coisas acontecem. Ás vezes uma coisinha a que você nem dá importância na hora acontece e você só sente depois... E umas coisas que parecem tão grandes, no fim não te machucam tanto.

Como cair da escada. Eu caí muitas vezes. Caí outro dia, recentemente. Na hora você pensa, "agora ferrou... disso eu não saio andando". Mas aí nada acontece. Ninguém se machuca muito caindo da escada, acho. Acho que ao cair da escada, ou você morre, ou sai andando. Eu nunca morri.

Mas meu joelho ainda dói.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Longe, muito longe

Como é ruim a distância. Ainda tem gente que diz que é boa, que faz criar nas pessoas o sentimento de necessidade, de falta...

Me peguei pensando nisso quando lembro da greve na USP e a posição dos estudantes da USP Leste (longe mais de 30 kms da outra USP). Não que os alunos da Leste não demonstraram interesse e tampouco se importaram pela causa, a questão nem é essa. É como a distância do centro de todo esse debate faz com que os sentimentos, o clamor, a emoção que move e sempre vai mover os alunos muitas vezes vai sumindo proporcionalmente aos quilômetros de distância.

Isso ninguém faz por mal, é como uma amizade que agente tanto preza e de repente a distância, os horários incopatíveis vão minando o que antes era tão unido. E não venha dizer que se fosse amizade, amizade, iria continuar igual. A rotina e a separação engoliu o que parecia - e naquele momento era - tão forte. São Paulo então, é a representação máxima desse fenômeno. Talvez seja para acaba um pouco com esse meu bairrismo.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A criatividade venceu!

Em maio, postei aqui uma idéia que eu tinha sobre a obrigatoriedade do diploma de jornalista para exercer: http://sigaapalavra.blogspot.com/2009/05/canudo-cheio-mente-vazia.html.

Pensava e penso (agora mais do que nunca) que não era um diploma e alguns anos sentado em uma faculdade qualquer que lhe daria a capacidade de ser jornalista competente. Mas enfim, a liberdade venceu, uma lei retrógrada da ditadura não vai mais pesar sob as mentes criativas até ontem presas.

Diploma de jornalismo não é mais obrigatório para o exercício da profissão!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

I Recognize Myself in Every Stranger's Eyes

Acabei de voltar de um passeio pelas ruas do meu bairro. Estava em casa, sem nada pra fazer e resolvi dar uma volta, pra esfriar a cabeça e tomar um café na padaria. Minha família foi viajar e eu resolvi ficar. Sozinho. Hoje é dia dos namorados, e estava me sentindo meio solitário, então decidi interagir um pouco com as ruas do meu bairro.

Pois então, na primeira esquina em que virei, encontro um homem deitado, claramente tendo um ataque. Tentei acordá-lo, mas ele não respondeu, então pego meu celular para chamar uma ambulância. Ele acorda e me impede. Fala que vai ficar bem... Então começo uma conversa com esse homem, pra ver se realmente ele está melhor. Aparentemente ele tem epilepsia, começou a sofrer ataques quando trabalhava em uma obra e caiu da laje. Isso é ruim...

Eu estava imerso em meus problemas, mas esse rapaz (de quem eu não perguntei o nome...) me fez pensar um pouco. Poxa, pelo menos eu posso dar uma volta sem ter que me preocupar se vou ter um treco a qualquer instante... Acho que no fundo é isso que todos nós queremos.

Enfim, na próxima vez em que estiver preocupado com alguma coisa, lembre-se de que pelo menos você não tem epilepsia. E se você tiver... Boa sorte com isso aí.

Ah, e destaque para todas as pessoas que passaram de carro e a pé do lado desse homem e nem olharam duas vezes. Valeu pessoal, isso sim é cidadania! Show de bola vocês!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Andrei Machado - Étant

Aparentemente, não há nada de especial nas composições apenas instrumentais desse brasiliense, afinal qualquer músico experiente e conhecedor de música teria capacidade semelhante. Andrei, no entanto, no auge dos seus vinte e poucos anos, de forma autodidata atingiu muito mais rápido e competente uma qualidade musical absurda.

Dito como indie clássico (indie, apenas por lançar de forma independente seus dois cd´s pelo selo sinewave), Andrei tem uma profundidade e uma melancolia que não se expressa em palavras, nem nas suas músicas e muito menos nessa crítica. Composições minimalistas são o tom dos dois cd´s lançados, onde se ouve basicamente um piano devagar e bem acertado. No ano de 2008, foi indicado como uma das cinco melhores supresas musicais do ano por críticos de música em um site de uma canal de tv musical.


Mesmo todas as faixas sendo intrumentais, os títulos das canções parecem que invadem as notas do piano e fazem com que deixem de ser apenas músicas ambiente para terem corpo e alma. Gravando tudo em casa, Andrei vê de Radiohead a Beirut como fontes de inspiração, mesmo sem perceber o quanto é ou pode ser tão bom quanto eles.

O cd "Lacuna", de 2008 pode ser baixado pelo myspace do cara, assim como "Étant" de 2009: http://www.myspace.com/andreimachado

01 - Ecce homo
02 - O cemitério dos deuses mortos
03 - Achei o abismo, está em mim
04 - Prelúdio
05 - O limiar da eternidade
06 - Somos poeira de estrelas
07 - Minha vida sem mim
08 - Uma canção para Werther
09 - E, finalmente, deixei o sol entrar

domingo, 7 de junho de 2009

Identidade e Democracia, a história da Nega Véia.

O começo é sempre o fim. O fim da minha ociosidade é a escrita deste meu primeiro (verdadeiramente) texto. E o tema não poderia ficar longe de ser Futebol. As conspirações das outras torcidas sobre a Ponte, sempre foram baseadas no "prestígio", sempre condicionadas por títulos. Mas aí cabe uma pergunta: Como o time mais velho do país se mantém na vitrine do futebol nacional sem a conquista de um título renomado, com uma torcida que é a maior do interior do Brasil ? A resposta para isso se chama Identidade. Não há nenhum time do mundo que tenha tamanha identidade entre a torcida e o clube. Parecem balelas subjetivas de um torcedor vislumbrado, mas não, isto é um fato. Para comprovar, demonstrarei que a Associação Atlética Ponte Preta, foi o primeiro time da América do Sul a ter em suas fileiras a democracia racial no futebol, além de ser o único time do Brasil cuja a torcida construiu por meio de mutirão, o próprio estádio. Estes dois fatos reforçam a relação histórica entre o povo humilde campineiro e a Veterena.

É inegável o avanço histórico ocorrido no campeonato carioca no ano de 1924 por parte do Vasco da Gama, em relação a democracia racial, na qual inseriu os negros no esporte nacional. Este fato foi muito divulgado na grande mídia, colocando sempre o Vasco como precursor na democracia racial no futebol brasileiro.Porém, o primeiro clube a de fato a estabelecer a democracia racial foi a Ponte Preta, no ano de 1900.

"O primeiro time da Ponte Preta congregava jogadores que residiam no Bairro da Ponte Preta , região marcada pela presença de operários, ferroviários, mascates e imigrantes. Os jogadores formavam uma autêntica “ democracia racial “ , era imigrantes alemães, austríacos, portugueses , ferroviários brancos, mulatos e negros. O patrono destes jovens era o alemão Theodor Kutter adepto do movimento anarquista na Europa, que trouxe para o Bairro da Ponte Preta a idéia de congregar jovens através do esporte".


O Dossiê completo que comprava Miguel de Carmo como o primeiro negro no futebol brasileiro, pode ser visto no site www.pontepretano.com na seção Democracia Racial.
Pois bem, eu nego os títulos e o prestígio, nego os holofotes, nego a grande mídia, mas o mais importante de um clube é a torcida. E este fato da democracia racial, é só mais uma comprovação da histórica mística pontepretana. "A mística se revela no espírito, é o sopro de uma paixão. Como essência, ela sempre exige grande devoção, é vida e indica o caminho, nunca pode ser esquecida, pois vem do nascimento e perpetuamento da Associação Atlética Ponte Preta".

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Associação DX do Brasil

Sempre achei que ser alternativo no mundo sonoro-musical era sei lá, ouvir aquela banda indie da Islândia que niguém nunca ouviu falar ou até caras de garagem que lançam na net suas músicas. Pobre de mim!

Moderno e diferente mesmo é ser um dexista, que em outras palavras é praticar a remora atividade de caçar rádios internacionais aqui em terras brasileiras. Pensa que é fácil? Se muitas vezes rádios piratas impedem aviões de pousarem e você de encontrar sua rádio predileta na sua própria cidade, imagina passar horas no seu Receptor Portátil SONY ICF F125 (o da foto) captando uma rádio vietnamita, por exemplo.


Mais unida que movimento estudantil, a Associação DX do Brasil já conta com 900 guerreiros espalhados pelo Brasil. Da Paraíba para o mundo, a ADXB não sabe o que são limites geográficos. Já ouviu, interegiu e até recebeu brindes de rádios dos quatro cantos do mundo.

Pensa que é fácil sair por aí captando ondas curtas mundo afora? Primeiro trate de comprar o seu Sony e ir pra um lugar ermo (pensa que vai pega alguma coisa na Paulista?). Mas cuidado, dexista captando Transamérica, Kiss FM é que nem alternativos se emocionando ouvindo Fresno. Pega mal!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Pale Sunday - Summertime


Suas músicas caberiam em qualquer seriado americano de bom gosto, principalmente por que em 2003 já tinham um EP ("A Weekend With Jane") pelo selo da Matinée Record, badalado selo pop americano. Ainda em 2002 com o EP nacional "Everything Starts When You Smile" já mostravam o seu lado indie-pop cheio de harmonia e melódico. Meio desconhecidos por aqui, apesar de serem do interior de São Paulo, o Pale Sunday já até participou de tributos aos Smiths ("Romantic And Square Is Hip And Aware").



O CD é um tanto quanto anos 90, o que não é ruim, apesar da onda anos 80 atual. Através de um vocal/baixo calibrado, duas guitarras e uma bateria, The White Tambourine, Twiggy Superstar apontam (ou apontavam, por que o CD não é tão atual, apesar de ser o mais novo) como destaque desse quarteto interiorano musical e geograficamente.

Download: Pale Sunday - Summertime

1. The White Tambourine
2. Mary
3. Sunday Morning
4. Twiggy Superstar
5. My Punk Girl
6. Never Fall Apart
7. She'll Never Be Mine
8. 1978
9. A Safe Place
10. Strangeways