domingo, 7 de junho de 2009

Identidade e Democracia, a história da Nega Véia.

O começo é sempre o fim. O fim da minha ociosidade é a escrita deste meu primeiro (verdadeiramente) texto. E o tema não poderia ficar longe de ser Futebol. As conspirações das outras torcidas sobre a Ponte, sempre foram baseadas no "prestígio", sempre condicionadas por títulos. Mas aí cabe uma pergunta: Como o time mais velho do país se mantém na vitrine do futebol nacional sem a conquista de um título renomado, com uma torcida que é a maior do interior do Brasil ? A resposta para isso se chama Identidade. Não há nenhum time do mundo que tenha tamanha identidade entre a torcida e o clube. Parecem balelas subjetivas de um torcedor vislumbrado, mas não, isto é um fato. Para comprovar, demonstrarei que a Associação Atlética Ponte Preta, foi o primeiro time da América do Sul a ter em suas fileiras a democracia racial no futebol, além de ser o único time do Brasil cuja a torcida construiu por meio de mutirão, o próprio estádio. Estes dois fatos reforçam a relação histórica entre o povo humilde campineiro e a Veterena.

É inegável o avanço histórico ocorrido no campeonato carioca no ano de 1924 por parte do Vasco da Gama, em relação a democracia racial, na qual inseriu os negros no esporte nacional. Este fato foi muito divulgado na grande mídia, colocando sempre o Vasco como precursor na democracia racial no futebol brasileiro.Porém, o primeiro clube a de fato a estabelecer a democracia racial foi a Ponte Preta, no ano de 1900.

"O primeiro time da Ponte Preta congregava jogadores que residiam no Bairro da Ponte Preta , região marcada pela presença de operários, ferroviários, mascates e imigrantes. Os jogadores formavam uma autêntica “ democracia racial “ , era imigrantes alemães, austríacos, portugueses , ferroviários brancos, mulatos e negros. O patrono destes jovens era o alemão Theodor Kutter adepto do movimento anarquista na Europa, que trouxe para o Bairro da Ponte Preta a idéia de congregar jovens através do esporte".


O Dossiê completo que comprava Miguel de Carmo como o primeiro negro no futebol brasileiro, pode ser visto no site www.pontepretano.com na seção Democracia Racial.
Pois bem, eu nego os títulos e o prestígio, nego os holofotes, nego a grande mídia, mas o mais importante de um clube é a torcida. E este fato da democracia racial, é só mais uma comprovação da histórica mística pontepretana. "A mística se revela no espírito, é o sopro de uma paixão. Como essência, ela sempre exige grande devoção, é vida e indica o caminho, nunca pode ser esquecida, pois vem do nascimento e perpetuamento da Associação Atlética Ponte Preta".

2 comentários:

  1. Cara, quantas vezes já discutimos esse tema?
    Não foram poucas, você sabe...
    De lindas histórias de formação do clube o Brasil tá cheio, história melhores ou piores que a da Ponte. depende do grau de fanatismo!
    Mas que me desculpem os times pequenos, mas título é fundamental!

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  2. hahahaha! Dia desses faço um texto sobre a democracia corintiana...

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